Tróia Informática : Conheça Pedro Franceschi, o hacker que fez o Siri entender português

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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Conheça Pedro Franceschi, o hacker que fez o Siri entender português


Pedro

Se você já fez o jailbreak em seu "iTreco", grandes são as chances de que você tenha o mínimo interesse de se informar sobre as possibilidades trazidas pela "libertação" dos dispositivos da Apple - iPod Touch, iPhone, iPad - e também quais são os softwares homebrew que você pode instalar a partir do Cydia, o repositório de programas paralelos, não sancionados pela empresa sediada em Cupertino.

Caso você atenda a esse perfil, é provável que você tenha lido, há algumas semanas, sobre Pedro Franceschi, o hacker que fez o Siri compreender nossa língua portuguesa.

Mas, embora a fama tenha vindo com a tradução do Siri (ainda não disponível publicamente, tendo em vista que o 4S ainda não tem jailbreak disponível), Pedro não é o que você chamaria de "marinheiro de primeira viagem": trabalhando como desenvolvedor de aplicativos móveis na empresa M4U, o Siri tupiniquim é só mais um entre diversos projetos que o especialista cria e põe à venda para usuários de dispositivos Apple.

"Todos os meus projetos me agradam", diz Franceschi. "Isso é porque, primeiro, crio-os para uma necessidade pessoal. Depois é que eu os libero para o público. Uso todos". Como se pode ver pelo blog do desenvolvedor, todos os programas postados ali realmente indicam ter um cunho pessoal: o FaceTrash, por exemplo, pode marcar e eliminar postagens das famosas tirinhas memes do 9gag no Facebook (e, agora, segundo Franceschi, também barra menções ao Big Brother Brasil 2012). Um dos mais úteis para usuários de iPhone deve ser o iUsersl, que dá a possibilidade de gerenciar usuários no mesmo aparelho, assim como se vê com desktops e notebooks. "As ideias para tudo o que crio vem de tudo ao meu redor. Em grande parte, são coisas que penso que melhoram o iOS - coisas que eu gostaria que o sistema tivesse mas não tem. Então acabo fazendo eu mesmo".

Uma das preocupações do hacker é adaptar suas criações à diretriz da Apple. Sem dar detalhes, ele diz que já passou por brigas judiciais, então a ideia dele é sempre criar algo que adicione - o que não necessariamente significa invadir o sistema ou forçá-lo a trabalhar de forma indevida: "todos os hackers de iPhone devem enquadrar seus projetos de forma legalizada junto às patentes da Apple. Com isso, evitamos de sermos processados. Meu interesse é melhorá-lo ou criar algo de útil que ele não tenha. Claro, não existem sistemas infalíveis, então sempre há espaço para modificações".

Franceschi, como dito anteriormente, usa os softwares para uso próprio antes de disponibilizá-lo via download no Cydia. Entretanto, ao contrário da maioria dos aplicativos homebrew disponíveis no repositório, grande parte de seus projetos custam US$ 1,99 para download. O hacker afirma já ter arrecadado mais de US$ 3 mil em vendas de software: "Porém, minha renda atual vem quase que totalmente do meu emprego", salienta.

Mas para "desenvolver tecnologia", como o próprio Franceschi diz, é necessário dedicação. E as influências do garoto são diversas: para ele, filmes como a série Missão Impossível e músicas de bandas como Nirvana e Beatles andam de mãos dadas com livros como a biografia oficial (e as não-oficiais) de Steve Jobs e estudos como Astrofísica e Cosmologia. Mas será que é isso que Pedro quer para toda a vida?

"Pretendo estudar Ciências da Computação ou Engenharia da Computação e trabalhar numa grande empresa. Mas também penso em criar a minha própria empresa. Não tenho ideia hoje, é uma pergunta difícil: eu diria que minha especialidade é 'desenvolver tecnologia em si'".

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